Viajando para Denver, Phoenix e NY com Rodrigo Silva
DESTINOS VISITADOS: Denver, Phoenix e New York, nos Estados Unidos.
Viajando sem neura: Foi sozinho ou em grupo? Tinha crianças?
Rodrigo: Eu morava em São Paulo e durante os últimos 6 anos consecutivos viajei sozinho para Denver; porém, em 2014, incluí New York no roteiro e levei minha mãe comigo. Já em 2015, por um motivo muito especial, permaneci nos Estados Unidos por 6 meses, retornando ao Brasil apenas para providenciar os documentos necessários para mudar-me definitivamente para lá. Atualmente estou residindo na cidade de Phoenix, capital do Estado do Arizona.
Viajando sem neura: Ficou quantos dias em cada viagem? Acha que o período foi ideal, curto ou grande demais?
Rodrigo: Em 2010, como foi minha primeira viagem aos EUA, fiquei um mês em Denver, na fazenda de um amigo americano. Achei que foi muito tempo para ficar no mesmo lugar. Minha viagem teria sido muito mais proveitosa se tivesse ido conhecer outros lugares também. Porém, como todos dizem, com razão: “Marujo de primeira viagem sempre comete erros” rs. Nos demais anos fiquei apenas 15 dias, o que considerei perfeito.
Viajando sem neura: Estava frio ou calor?
Rodrigo: Em 2010 estava muito frio, inclusive havia alguns pontos com neve nas estradas em algumas cidades (período da viagem: final de abril e começo de maio). Nos demais anos viajei em junho, quando a temperatura é extremamente quente. Em New York, por exemplo, eu andava de camiseta regata e chinelo, o que considero muito confortável.
Viajando sem neura: Dominava o idioma? Que dificuldades teve sobre isso?
Rodrigo: Nenhuma, pois sou fluente em inglês. Mas, caso você não fale o inglês, não se preocupe, pois quase todos por lá falam o espanhol, já que há muitos latinos nos Estados Unidos.Viajando sem neura: Quais eram suas expectativas antes da viagem e o que mudou depois que voltou? Ou seja, o que te surpreendeu e o que te decepcionou lá?
Rodrigo: As viagens superaram todas as minhas expectativas com relação a tudo.
Viajando sem neura: O que considerou caro ou barato em relação aos preços praticados no Brasil?
Rodrigo: No meu ponto de vista, achei as coisas em Nova Iorque mais caras (inclusive comida). No entanto, no geral, tudo nos EUA é bem mais barato que no Brasil (claro que com o aumento absurdo e repentino do dolar essa concepção muda um pouco para nós, brasileiros), mas ainda acho que vale muito a pena, principalmente quando se consegue promoções (a “black friday” americana, por exemplo, oferece descontos realmente bem significantes, podendo chegar a 90% do valor normal). Ressalto que nos EUA eu sinto uma sensação de liberdade muito grande em poder comprar coisas dentro do aeroporto sem me preocupar com o preço, já que aqui existe uma lei que nada dentro do aeroporto pode ser mais caro do que na cidade, ou seja, você pode comprar um suco, um lanche ou um donuts sabendo que não vai ser explorado. Isso para mim é uma maravilha, pois sou comissário e sempre achei um absurdo pagar, por exemplo, R$ 10 por um café dentro dos aeroportos brasileiros.
Viajando sem neura: O que gostou (ou não) de comer ou fazer lá?
Rodrigo: Gostei de tudo. A comida, os lanches e os restaurantes são maravilhosos; os garçons e garçonetes, extremamente atenciosos (e realmente se preocupam com o bem estar do cliente). Também gostei muito das cafeterias, do Dukin Donuts e muitos outros.
Viajando sem neura: Fale sobre algo que achou curioso, diferente ou interessante.
Rodrigo: Tudo nos EUA é interessante. Se parássemos para falar dos pontos positivos e diferenças entre BRASIL e EUA escreveríamos uma “bíblia” rs; porém, uma coisa que ressalto é o preço baixo de bebidas. Um suco de maçã (ou qualquer outra fruta) de 2 litros você pagará U$ 1.79. Outro fato que fico impressionado nos restaurantes é que, além do ótimo atendimento, não se paga pela água (a qual é pura, limpa, gelada, e vem em um lindo e convidativo copo cheio de gelo; às vezes até acompanhado de uma jarra!). Toda vez que vou a um restaurante americano lembro-me da roubalheira que é nos restaurantes do Brasil, onde pagamos R$ 5 por uma lata de refrigerante ou até mesmo por uma garrafa de 500 ml de água, sem contar que nos EUA você paga apenas uma vez pela bebida, o resto é de graça (o famoso “REFIL”). Então aqui está minha dica: se você for aos EUA, beba à vontade, pois pagará somente pelo primeiro copo.
Viajando sem neura: Pagou algum mico? Qual (is)?
Rodrigo: Não.
Viajando sem neura: Que dicas você daria a quem ainda não conhece o lugar?
Rodrigo: Se você não conhece ninguém nos EUA, vá com um roteiro já pronto. Táxis, ônibus e metrôs são muito baratos.
Viajando sem neura: Gosta dos Estados Unidos?
Rodrigo: SIM!!! Não trocaria os EUA por nenhum outro destino no mundo. Para mim, é tudo maravilhoso e tem sempre mais a conhecer. Nunca me cansarei! rs
Viajando sem neura: Pode dizer com que empresas aéreas você viajou e onde se hospedou, e o que achou deles?
Rodrigo: Sempre viajei com a United Airlines ou com a American Airlines (para a qual dou nota 10), mas em 2014 fui com a Avianca para New York e me arrependi: não havia ninguém da empresa para nos ajudar no aeroporto, exceto uns colombianos que não falavam inglês e nos trataram mal. Além disso, os voos da Avianca fazem conexão em Bogotá, onde o aeroporto até que era bom, mas sua infraestrutura deixou a desejar (não havia tomadas suficientes, por exemplo, e havia a maior briga para se conseguir uma). Achei uma péssima experiência! Recomendo, portanto, a American Airlines. Quanto à hospedagem, sempre que fui a Denver fiquei na casa de amigos americanos. Em New York hospedei-me num hostel chamado FIT, na rua 86th com a Broadway. É simples (bem como seu café da manhã), porém tudo bem organizado e limpo (até os banheiros de uso coletivo!), com ambiente familiar, internet boa e grátis e ótima localização (em frente ao Central Park e pertinho de farmácia, mercado, metrô). Aceitam todos os cartões de crédito e o pagamento é feito apenas no check out. É uma ótima opção para quem quer economizar e fazer novas amizades (durante minha viagem havia muitos jovens, especialmente europeus, hospedados lá, com quem fiz amizades e recebi muitas dicas de passeio; às vezes até combinávamos passeios em grupo). Recomendo.
Viajando sem neura: Outras considerações?
Rodrigo: Sempre que for aos EUA, evite voar com empresas aéreas brasileiras, ou seja, opte por empresas americanas, pois elas, além de possuírem uma vasta malha aérea, o que proporciona muito conforto e até compensação financeira, não pagam tantos impostos quanto as brasileiras, o que barateia o valor das passagens. Sobre a burocracia ao passar pela imigração, já entrei nos EUA por Dallas, New York, Washington Dulles e Houston e geralmente eles perguntam apenas o básico (para onde vai, quantos dias vai durar a viagem, onde vai se hospedar, etc.). No entanto, nas duas últimas cidades, além da imigração, tive que passar também pela alfândega, onde fizeram as mesmas perguntas, além de pedirem meu passaporte e perguntarem quanto de dinheiro eu estava levando. Apesar de não ter passado por essa experiência nas demais cidades, considerei como um procedimento normal. Eles estão ali apenas para fazer o serviço deles. O que importa é que, ao final, você consiga a autorização para entrar no país. Então, se você também for selecionado para esta segunda entrevista/fiscalização, fique tranquilo e seja educado.
Adorei tudo! Todos os tópicos são diretos, explicativos e tiram todas nossas dúvidas! Somente posso dizer Parabéns !!!!!
Obrigada, Rodrigo. Continue participando.