Viajando para Gramado com Otávio Oliveira

Acima, à esquerda, rena de verdade na Aldeia do Papai Noel, em Gramado; à direita, Otávio diante da cascata do caracol, em Canela. Abaixo, à esquerda, bondinho que leva à cascata; e, à direita, vinícola Miolo, em Bento Gonçalves.
Viajei sozinho para a cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, em agosto de 2015. Naquela época a temperatura estava em torno de 10º C durante o dia. No dia da minha chegada estava chovendo, mas depois o tempo firmou e ficava apenas nublado, às vezes.
Minha viagem durou 7 dias, o que considerei ser um período ideal (acho que mais que isso tornaria se tornado cansativo).
Não fiz um roteiro prévio, mas aproveitei muito bem meu tempo lá porque fiz a maioria dos passeios à pé ou de bicicleta (alguns hotéis oferecem as bikes gratuitamente aos seus hóspedes, mas também há locadoras próximas da Rua Coberta). E achei acertada a minha escolha pois, além de me trazer uma liberdade incrível, não me deixou preso aos roteiros típicos com guias turísticos. Sem contar que Gramado não é uma cidade muito grande e, apesar de ter muitas subidas e descidas, é totalmente viável passear por lá sobre duas rodas. Eu só utilizei ônibus de excursão quando fui para a cidade de Bento Gonçalves (fazer o passeio de Maria Fumaça e conhecer a vinícola Miolo) e para ir até Canela, que é bem perto de Gramado. Nesta última não gostei de ter ido com grupo porque, apesar de ser uma cidade pequena também, acabou se tornando um passeio muito corrido devido à quantidade de lugares que havia a visitar e o tempo destinado para cada um deles. Acho que eu teria aproveitado muito mais se tivesse ido por conta própria.

À esquerda: acima, apresentação de músicas típicas na estação férrea de Bento Gonçalves; abaixo, réplicas em miniaturas, do Mundo Encantado e do Mini Mundo, respectivamente. À direita, acima, parque Snowland e, abaixo, a Rua Coberta.
Ainda falando sobre Canela, é lá que fica o bondinho (que leva à famosa e linda cascata do Caracol) e o Alpen Park, que é um parque de diversões onde pude me divertir muito pois fui numa segunda-feira e, talvez por isso, não estava lotado.
Há muitas opções de passeios naquela região mas, dentre os que visitei, posso citar os seguintes: Snowland, Mina, Lago Negro, Museu do Chocolate, Museu do Perfume, Reino do Chocolate, Mini Mundo (onde foram construídas réplicas, em miniatura, de várias construções famosas do Brasil e do mundo), Aldeia do Papai Noel, Mundo a Vapor, Rua Coberta, Igreja matriz… De todos esses lugares, não gostei apenas do Mundo Encantado (é parecido com o Mini Mundo, porém apresenta a história e várias réplicas de obras apenas da cidade de Gramado). Por outro lado, achei magnífico o passeio no trem Maria Fumaça bem como a visita ao vinhedo. E amei o parque Snowland!
Embora igualmente famosos, não visitei o zoológico, o Museu de Cera, o Museu do Automóvel, o Parque dos Dinossauros, etc.
Quanto à hospedagem, eu fiquei no Petit Hotel Provence, pois havia acomodação específica para 1 pessoa com preço bem acessível. Amei o hotel! Bem localizado (perto do centro e de um supermercado), dispunha de internet grátis, maravilhoso café da manhã incluso, limpeza diária do apartamento e fornecia bicicletas aos hóspedes gratuitamente. Paguei apenas R$ 109 a diária (valor promocional que consegui pela internet um mês antes da viagem).
No geral, achei caros os preços dos pratos nos restaurantes (nos que tinham preços mais acessíveis a comida não era boa). Já nos supermercados os preços eram normais, praticamente os mesmos da minha cidade. Quanto aos ingressos, fica mais barato se adquirir pela internet, nos sites de compra coletiva, ou para períodos de baixa temporada.

Fonte do Amor, no centro de Gramado.
Um fato que achei curioso foi verificar, no cardápio de uma lanchonete, que eles ofereciam lanche com recheio de coração de galinha. Eu nunca tinha visto isso, mesmo assim não provei. Estranhei também o fato de o feijão preto ser o normalmente consumido naquela região.
Fiz a parte aérea da viagem com a empresa Azul (consegui um valor promocional depois de passar dias fazendo simulações na internet) e, apesar de haver comprado o trecho Araçatuba-SP/Caxias do Sul-RS, devido ao mau tempo acabamos aterrissando em Porto Alegre-RS, que é mais longe. Lembro-me que a Azul ofereceu duas opções aos passageiros que tiveram suas rotas alteradas: um ônibus para os levar de volta até Caxias do Sul ou um voucher (válido por 9 meses) no valor de R$ 100 para ser utilizado em eventual voo futuro dentro do prazo de validade. Tanto eu quanto os demais passageiros decidimos pegar um ônibus normal em Porto Alegre até Gramado pois se fôssemos para Caxias do Sul a viagem seria ainda mais demorada.
Por fim, deixo, aqui, umas dicas: para quem quiser fazer os passeios com ônibus turísticos, informe-se sempre sobre o que está incluso no passeio para não ser surpreendido com despesas extras inesperadas; e, para quem for conhecer o minimundo, não se esqueça de pegar um jornalzinho que eles distribuem na entrada, pois ele explica sobre cada cenário, o que torna o passeio mais divertido.
Gramado é uma cidade muito bonita e tenho certeza que, se você escolher esse destino, não irá se arrepender.
Por Otávio Oliveira
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