Fazendo intercâmbio no México com Marcos Lemes

Acima e abaixo (à esquerda): Diante da famosa cachoeira “La morena”, em “La Huasteka”. Abaixo (à direita): em “Torreon”.
Como grande parte dos adolescentes, Marcos Lemes sempre sonhou em fazer intercâmbio estudantil em outro país. Então pesquisou e, após obter todas as informações de que precisava, em meados de 2015, por intermédio de um programa promovido pelo Rotary Club, partiu para o México, onde viveu por quase um ano e de onde trouxe uma grande bagagem de conhecimento e experiência de vida. Você poderá acompanhar um pouco dessa grande aventura clicando no vídeo abaixo, que se trata da edição de um bate papo descontraído entre mim e ele, o qual foi transmitido ao vivo pela página Viajando sem Neura, no Facebook (clique aqui para assistí-lo na íntegra). Na ocasião, Marcos respondeu a várias perguntas e contou um pouco como é aquele país e como foi viver lá.

Bandeira do México
“Todo país tem, em sua bandeira, parte de sua história. Isso é motivo de grande impulsão ao nacionalismo e adoração ao patrimônio nacional. No México não é diferente; na verdade, é mais presente do que se imagina.
Não são poucos os ranqueamentos que colocam a bandeira mexicana como a mais bela, tanto fisicamente quanto no sentido artístico. Há quem diga que a bandeira mexicana é inspirada na Itália, o que é um grande equívoco pois a semelhança não passa de uma coincidência entre as cores divididas em 3 faixas (verde, branca e vermelha). O ponto principal, e aquele que mais vale ser ressaltado, é o conteúdo implícito no símbolo central da bandeira mexicana. A distribuição da própria bandeira evidencia a importância desse símbolo, colocando-o ao centro da imagem. Nele vislumbra-se uma águia com uma serpente na boca e sobre um cacto. A inspiração dessa imagem veio muito antes dos espanhóis chegarem em território mexicano (e destruírem boa parte da cultura indígena).

Acima, com os intercambiários diante de uma pirâmide maia. Abaixo, à esquerda, em Torreon; e, à direita, em San Luis Potosí.
Na Antiguidade (e note que aqui a explicação dessa lenda se dará com as hipóteses biológicas do macrocontinente pangeia e do congelamento subsequente dos polos, possibilitando a passagem dos indígenas da Europa para a América do Norte), a busca por uma terra prometida fazia parte da ideologia indígena. Os indígenas cruzavam o território americano rumo ao sul em busca do sinal divino, o qual, segundo a lenda, seria a imagem de uma águia com uma serpente na boca e em cima de um cacto, tal qual a bandeira. Esse sinal divino foi encontrado em território mexicano próximo aos desertos do oeste. Ao ver essa imagem, ficou mais que claro para os indígenas que aquela era a terra prometida e ali iriam estabelecer suas tribos e costumes. Essas sociedades nativas se fragmentaram por todo o território mexicano, americano e desceram até o sul da América (os Incas). Até hoje existem maias e astecas vivos no México e na América Central, alguns miscigenados com a cultura europeia e outros, tradicionais, mantendo, além de sua língua nativa, suas tradições.

San Luis Potosí
A cultura indígena é um patrimônio cultural mexicano, tal qual as pirâmides de Chichén Itzá (uma das 7 maravilhas do mundo) e Teotihuacam, Asteka e Maia, respectivamente. Parte da beleza cultural e territorial mexicana é resultado dessas influências históricas. Viajar para conhecer um pouco mais sobre esse incrível país é um plano perfeito para um bom apreciador da arte e da antropologia”.
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