Conhecendo a Itália de norte a sul em 14 dias

Olá pessoal,

No último mês de março fiz minha primeira viagem à Itália. Como sempre gostei de viajar por conta própria e elaborar meus próprios roteiros, desta vez não foi diferente. Apesar de ser a primeira vez e de ter viajado com mais pessoas da família, fiquei encarregada de organizar tudo (comprar as passagens, fazer as reservas, definir os passeios, etc.). Para isso tive apenas um pouco mais de um mês (período entre o dia que decidimos viajar e o dia do embarque). Claro que nem sempre dá para acertar em tudo, especialmente quando não se conhece o lugar, mas já posso adiantar que, apesar de pequenas coisas que eu poderia ter feito diferente (considerações ao final), valeu muito a pena. Vou deixar, abaixo, um resumo desta minha experiência, contando um pouquinho do meu dia a dia naquele país e deixando algumas dicas. Espero que possa ser útil para todos os que quiserem embarcar nessa aventura também.

Dia 1 – SÃO PAULO – Meu grupo e eu partimos, dia 18/03/2018, do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, rumo à Veneza, Itália. Nosso voo teve uma conexão em Roma. Os dois trechos foram feitos pela companhia aérea Alitalia. Ao todo foram cerca de 15 horas de viagem. A ideia era ir de norte a sul da “bota” em 12 dias.

Dia 2 – VENEZA (Venezia)/TREVISO – Chegamos em Venezia na manhã do dia 19 e, apesar de ser quase início de primavera, estava nevando (uma bela surpresa!). Do aeroporto seguimos de ônibus para a Estação Venezia Mestre, de onde pegamos um trem para a cidade (o comune) de Treviso, onde nos hospedamos nos 2 primeiros dias, já que nosso primeiro objetivo da viagem era conhecer a vizinha Nervesa della Bataglia (nossa cidade de origem, onde viveu e morreu grande parte dos nossos antepassados, e para a qual havia escassez de hotéis). A passagem de trem (comprada na hora num dos terminais da estação) custou 3,50 euros por pessoa e a viagem durou cerca de 30 minutos. O resto da tarde foi destinado ao descanso. À noite, saímos para conhecer o entorno e jantar (ocasião que nos fartamos com as deliciosas pizzas e a sobremesa tiramissu do Ristorante da Pino, localizado na Piazza dei Signori – mesmo prédio do Palazzo della Prefettura).

A hospedagem foi no Centro della Famiglia. Pontos positivos: econômico e bem localizado (no coração do comune e próximo à estação de trem). Pontos negativos: apartamentos e café da manhã bem simples e não havia recepção 24 horas.

Dia 3 – TREVISO/NERVESA DELLA BATAGLIA – Treviso nos surpreendeu, tamanha a beleza e riqueza de história, apesar de pequena (pouco mais de 80 mil habitantes) e, embora não esteja no topo da lista das cidades italianas mais famosas, é muito charmosa. Achei que foi um passeio que valeu muito a pena. Nervesa é ainda menor mas, talvez pela emoção de saber que ali viveram pessoas sem as quais eu não existiria e que algumas delas foram ilustres colaboradoras para o crescimento do lugar, amei cada canto.

Acima, em Treviso. Abaixo, em Veneza.

Dia 4 – TREVISO/VENEZA – Pela manhã voltamos para Venezia de trem. Desembarcamos na Estação Santa Lucia e, como teríamos apenas 24 horas para conhecê-la um pouquinho, não podíamos perder tempo. Então optamos por seguir à pé até o hotel para ir conhecendo algumas das inúmeras vielas e pequenos canais. Pelo caminho, passamos, também, pela ponte Rialto, onde funciona um agitado comércio de joias e souveniers, além dos vários restaurantes e pontos de embarque para passeios de gôndolas (que estava custando, em média, 80 euros para até 6 pessoas, com duração de 30 minutos). Depois de deixarmos a bagagem no hotel, fomos na Piazza San Marco, onde fica também a Basílica San Marco e, após darmos alpiste aos pombos (tradição local), exploramos os arredores, passando pela ponte do Suspiro e depois fazendo um passeio panorâmico pela cidade à bordo de um vaporetto (barco de médio porte que funciona como um “ônibus urbano aquático”, o qual tem várias linhas que navegam pelo grande canale e vão parando em pontos predefinidos). Para adquirir o bilhete, basta ir até um dos pontos de embarque e optar entre o que custa 7 euros e é válido por 75 minutos, ou o válido por 24 horas pelo preço de 15 euros. Dentro da validade, você pode embarcar e desembarcar quantas vezes quiser. Atenção: o tempo de duração do bilhete começa a ser contado a partir do momento que ele é validado na máquina que dá acesso ao primeiro ponto de embarque, e não no momento do embarque, propriamente dito. Então, caso não tenha certeza de quanto tempo despendirá no passeio, compensa comprar o válido por 24 horas.

A hospedagem foi no Hotel Ateneo (também chamado de Albergo Ateneo). Pontos positivos: preço bom, apartamentos aconchegantes, funcionários atenciosos, recepção 24 horas, bom café da manhã e próximo à Piazza San Marco. Pontos negativos: não tem elevador, as camas não são tão confortáveis, a sala do café é muito apertada e, apesar do endereço fornecido no site, sua verdadeira localização é em via sem nome, o que dificulta encontrá-lo, tendo em vista o emaranhado de vielas existentes por ali. Dica: se quiser hospedar-se nele, encontre-o pelo aplicativo Google Hearth digitando o nome do hotel, e não o endereço.

Palazzo Pitti.

Dias 5 e 6 – VENEZA/FLORENÇA (Firenze) – Para irmos de Venezia a Firenze levamos pouco mais de 2 horas viajando com o trem de alta velocidade Frecciarossa (os preços dos bilhetes variam de acordo com o horário do embarque ou a antecedência em adquiri-lo – na época da nossa viagem estavam custando entre 25 e 39 euros cada). Outra opção mais econômica é o trem regionale, que demora cerca de 4 horas para fazer o mesmo trajeto. Se “tempo” não for empecilho para você, pode ser uma opção interessante, pois você conseguirá apreciar as paisagens da Toscana mais calmamente e gastar menos. Ambos os tipos de bilhete podem ser adquiridos pelo site da Trenitalia. Em Firenze, desembarcamos na Estação Santa Maria Novella, que era a mais próxima da pousada onde nos hospedamos.

Galleria degli Uffizi.

Como aconteceu nas demais cidades por onde passamos também, para cada lado que olhávamos éramos presenteados com lindas construções, monumentos e igrejas, como a catedral Santa Maria Novella, a Piazza della Signoria e a Piazza della Repubblica, por exemplo. No entanto, dos pontos considerados famosos, os principais que visitamos em Firenze foram: o Mercato Centrale (uma espécie de shopping, com várias lojinhas, e cuja praça de alimentação funciona à noite também e oferece variadas opções de pratos, como pizzas, pastas e carnes, além das bebidas, claro); a parte externa da catedral Santa Maria Del Fiore (para conhecê-la por dentro e subir até a cúpula era necessário enfrentar uma enorme fila, além de ter que pagar – desistimos); a ponte vecchio; o Palazzo Pitti (maravilhoso, valeu cada um dos 16 euros pagos pelo bilhete); a Gallerie degli Uffizi (o bilhete custava 20 euros mas, para “furar” a fila, bastava pagar 4 euros a mais na bilheteria exclusiva – claro que foi esta nossa opção rs). Por mais 8 euros, também era possível alugar o audioguia (fone de ouvido que vem acompanhado de um aparelho parecido com telefone sem fio, no qual você digita o número da obra e ouve toda a sua descrição). Como não havia tradução para português, e eu não dominava nenhum dos idiomas oferecidos pelo aparelho, achei que não valeria a pena pagar por ele, mas me arrependi – teria sido, sim, muito útil, e eu teria aproveitado melhor a visita. Dicas: se você pretende visitar tanto o Palazzo Pitti quanto a Gallerie Degli Uffizi, e quiser aproveitar bem ambos os passeios, faça-os em dias diferentes e vá preferencialmente pela manhã, pois eles merecem ser visitados com calma e, para isso, demora praticamente um dia todo. Não deixe também de provar a famosa bisteca fiorentina, que é o carro-chefe dos pratos típicos da cidade e é servida em grande parte dos restaurantes locais (porém, cá entre nós, prefiro a picanha brasileira rs).

Apesar do preço econômico, de estar localizada a uma distância razoável dos principais pontos turísticos da cidade e de contar com atendentes muito simpáticos, não gostei da infraestrutura da hospedagem que escolhemos: pousada Rooms 77 Florence. Prédio simples demais (minha primeira impressão foi de que era um pouco assustador), camas de molas (daquelas antigas que fazem-nos balançar a qualquer movimento), roupas de cama e banho bem surradas e com cheiro não muito agradável e elevador muito antigo e minúsculo (comporta apenas duas pessoas sem malas).

Acima, à esquerda, no Coliseu e, à direita, no Panteão, em Roma; abaixo, à esquerda, nas ruínas de Pompeia e, à direita, em Positano.

Dias 7 e 8 – FLORENÇA/ROMA – Desta vez viajamos com o trem da empresa Italo, também de alta velocidade, e adquirimos o bilhete num dos terminais da Estação Santa Maria Novella (como falei acima, os preços desta também variam conforme o horário da viagem e a antecedência na compra dos bilhetes, e estes também podem ser adquiridos pela internet). Um painel nas cabines do trem vai informando sua velocidade em tempo real (em alguns trechos atingiu 300km/h, o que nos fez chegar em Roma – Estação Roma Termini – após uma hora e meia de viagem).

O hotel escolhido foi o Windrose, com o qual ficamos super satisfeitos: preço bom, atendente que falava vários idiomas e foi muito prestativa ao nos entregar um mapa da cidade e dar várias dicas de passeios e locais para comer; quartos confortáveis (tinha até banheira de hidromassagem no banheiro), café da manhã muito bom, roupas de cama e banho novos e perfumados e ótima localização (próximo à Estação Roma Termini, que é a principal de Roma, e de vários pontos turísticos, além de restaurantes, mercados e lojas para compra de lembrancinhas). Se eu voltar um dia àquela cidade, gostaria de me hospedar nele novamente.

Apesar de termos ficado próximos à estação de trem e metrô, preferimos fazer alguns passeios com ônibus turístico pois, além de ele ter audioguia que vai explicando sobre os locais pelos quais passava, podíamos embarcar e desembarcar em cada ponto turístico (sistema hop-on-hop-off). Adquirimos os bilhetes, com validade de 48 horas, diretamente no ônibus, numa das paradas que havia perto do nosso hotel. Pagamos 31 euros cada. A empresa escolhida foi a Sightseeing, por ter sido a primeira que encontramos, mas havia outras que ofereciam o mesmo serviço.

Um dos primeiros lugares que visitamos em Roma foi a Fontana di Trevi (diz a lenda que você deve mentalizar um desejo e, para que ele seja realizado, deve segurar uma moeda de 1 euro com a mão direita e jogá-la na fonte, de costas, por cima do ombro esquerdo; se fizer o mesmo com uma segunda moeda, garantirá que um dia você voltará a Roma). Bem que eu caprichei na hora de jogar a moeda, mas não sabia que tinha que ser de 1 euro e nem que tinha que ser com a mão direita. Será sinal de azar? rs. Bem, superstição ou não, só de saber que diariamente essas moedas são recolhidas e o valor arrecadado é destinado a instituições de caridade (há um convênio entre a Prefeitura e as Caritas – organização social de caridade da igreja católica), já é um incentivo a mais para seguirmos a tradição.

Roma é uma fonte inesgotável de cultura. Um mês lá ainda seria pouco mas, já que dispúnhamos de apenas 2 dias, a solução foi fazer uma maratona. E até que fizemos milagre: conseguimos visitar, entre outros, o Pantheon, a Piazza di Spagna (com sua interminável escadaria que leva à igreja Trinità dei Monti), a Piazza Navona (onde fica o Consulado do Brasil na Itália), a Piazza del Popolo (e suas famosas igrejas gêmeas), o Vaticano e algumas ruas comerciais próximas à Piazza della Republica, sempre fazendo umas pausas para tomarmos un gelato ou comermos una pasta ou un canolo (doce típico italiano geralmente à base de creme de ricota e limão siciliano).

Passamos também rapidamente pelo Fórum Romano e pelo Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II, e visitamos a parte externa do Colosseo (dica: se quiser visitá-lo por dentro, não vá aos finais de semana ou poderá ficar na fila de entrada por horas).

Atenção 1: por enquanto a entrada no Pantheon é grátis mas em breve a visita passará a ser cobrada.

Atenção 2: os museus do Vaticano (incluindo a Capela Sistina) não abrem aos domingos e, para quem deseja ver o Papa, tem que ir de quarta-feira, que é o dia que ele faz uma audiência pública e aparece na famosa janela do apartamento papal. Como teríamos apenas um fim de semana em Roma e, por não sermos católicos, não era nossa prioridade ir ao Vaticano (além do que já sabíamos que não daria para visitar os museus nem ver o Papa), resolvemos de última hora ir até lá no domingo de manhã apenas para conhecer a parte externa da Basilica di San Pietro, a Piazza San Pietro e o obelisco do marco zero, e eis que era “Domingo de Ramos” (domingo que antecede a Páscoa, data festiva para os cristãos católicos e na qual se comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém – evento da vida de Jesus mencionado nos evangelhos) e, para nossa surpresa, estava tendo uma missa com a presença do pontífice que, ao final, desfilou no papamóvel entre a multidão e passou pertinho de mim. Foi bem legal!

Dia 9  – ROMA/POMPEIA (Pompei) – Como não há trem de alta velocidade que vai direto de Roma a Pompei, pegamos mais uma vez o da Frecciarossa e seguimos até Nápoles (Napoli), onde desembarcamos na Estação Centrale e, de lá, pegamos um trem da empresa Circumvesuviana (linha Sorrento) e fomos até Pompei. O bilhete de Napoli a Pompei custou 3,20 euros e a viagem durou cerca de meia hora (são pouco mais 26 quilômetros de distância). Dica: se você fizer esse trajeto e conseguir lugar no trem para viajar sentado, opte pelas poltronas do lado esquerdo; assim, poderá usufruir da linda paisagem e vislumbrar o vulcão Vesúvio.

Escolhemos a pousada Vesuview para nos acolher por 2 noites, por ser bem próxima à entrada principal do Parco Archeologico de Pompei (as famosas ruínas de Pompeia, que era nosso principal objetivo na cidade), e da estação do trem. Simples mas com bom preço, camas confortáveis, quartos limpos e da sacada tem-se uma linda visão do Vesúvio. Os atendentes são bem simpáticos e prestativos (especialmente o Salvatore que, além de nos dar dicas sobre a cidade, ainda foi nosso guia em um dos passeios, sem cobrar por isso). O café da manhã não estava incluso no valor da diária mas a pousada o oferecia por 5 euros (caso prefira comer fora, também há padaria bem pertinho). Coisas que não gostei nesta hospedagem: não havia aquecedor no banheiro nem recepção 24 horas e o elevador não funcionava direito.

Tivemos apenas uma tarde para conhecer as ruínas. Apesar de ter sido um tempo curto demais, foi suficiente para sentirmos a forte energia do lugar. Os ingressos custaram 13 euros cada. Dica: antes de entrar, não deixe de pegar o mapa do local e o livreto explicativo disponibilizados num espaço situado do lado direito da bilheteria.

Sobre a cidade, atenção: tanto o comércio quanto os restaurantes fecham cedo. Foi difícil encontrar um lugar para jantar após as 22 horas.

Dia 10 – COSTA AMALFITANA – Logo pela manhã pegamos novamente o trem da Circumvesuviana e seguimos até a cidade de Sorrento, onde compramos, num guichê que havia no subsolo da própria estação de trem, passagens de ônibus para Positano (que era a mais próxima dentre as demais cidades da Costa Amalfitana, como Praiano, Amalfi e Ravello). O bilhete até Positano custou 2 euros. O embarque é na lateral da estação de trem. Ao entrar no ônibus você deve validar o bilhete ou correrá o risco de ser multado caso te flagrem. Dica: se pretende ir e voltar no mesmo dia, compre bilhete de ida e volta ali mesmo, porque vai ser mais difícil encontrar locais de venda pelo caminho.

Pois bem, de Positano seguimos, também de ônibus, até Amalfi e, após explorarmos um pouco as ruas próximas ao pier, decidimos voltar para Positano de barco (vaporetto), de onde pegamos novamente o ônibus até Sorrento e, de lá, o trem de volta a Pompei. O bilhete do barco compramos na hora, ali mesmo, e custou 10 euros por pessoa (achei o valor muito bacana, comparado aos preços que eu havia visto na internet antes de viajar) e o passeio durou cerca de 30 minutos.

Acima, no vulcão Etna, em Catania. Abaixo, à esquerda, em Taormina e, à direita, em Savoca. Todas cidades da Sicília.

Dia 11 – POMPEI/CATANIA/TAORMINA – Logo pela manhã pegamos um táxi que, por 60 euros no total, nos buscou na pousada e nos levou até o aeroporto de Napoli, de onde pegamos um voo da Easyjet (empresa que vende passagens baratas – lowcost) até a cidade de Catania, na Sicilia, onde alugamos um carro e subimos até o Etna (maior vulcão da Europa, ainda ativo e de onde se tem uma vista incrível com neve caindo sobre a nossa cabeça – uma das melhores recordações de toda a minha viagem). De lá seguimos para Taormina, uma pequena e charmosa cidade montanhosa da costa siciliana (o lugar me lembrou muito a costa amalfitana). Infelizmente não deu para conhecê-la direito porque dormimos só uma noite ali, então praticamente nada fizemos além de descansar e admirar a paisagem espetacular (com vista do mar) sentados no solário do Hotel Baia Azurra (onde nos hospedamos e para o qual só tenho elogios: quartos aconchegantes, camas confortáveis, roupas de cama e banho limpinhas e cheirosas, e um café da manhã que superou todas as expectativas). A única coisa ruim é o estacionamento precário, mas este é um problema geral do lugar, não só do hotel.

Dia 12 – TAORMINA/PALERMO – Percorremos os quase 300 quilômetros entre Taormina e Palermo praticamente pela costa, enquanto paisagens paradisíacas apareciam à nossa frente a todo momento. No caminho, fizemos uma parada na pequena cidade de Savoca para visitarmos o famoso “Bar Vitelli”, que foi um dos principais cenários do filme “O Poderoso Chefão”. Além de funcionar normalmente como bar, vende lembranças personalizadas e é todo decorado com fotos e itens que foram utilizados nas gravações. Na frente do bar, um monumento em homenagem ao diretor do filme, Francis Ford Coppola.

Em Palermo a hospedagem foi no Hotel Tonic que, apesar de simples e de não ter um lobby nem estacionamento, contava com quartos confortáveis, café da manhã razoável e boa localização (próximo à famosa Via Ruggiero Settimo, uma das principais ruas da cidade, do Teatro Massimo e de alguns museus). Fizemos  alguns destes passeios à pé e aproveitamos o comércio ao redor para fazermos as últimas “comprinhas” antes do final da nossa viagem.

Dias 13 e 14 – PALERMO/SÃO PAULO – Nosso voo de volta ao Brasil sairia à noite do aeroporto de Punta Raisi (distante 30 quilômetros de Palermo) e teria uma conexão em Roma. Então o último dia foi reservado para descanso, mais compras e arrumar as malas.

Eu ainda estava em solo italiano e já começava a sonhar com a próxima vez que pisaria ali.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como já era esperado, o tempo foi curto demais para ir a tantas cidades diferentes, mas a experiência foi válida. Como tenho dito a quem pergunta: considerei minha viagem uma espécie de “voo panorâmico” pela Itália, pois só pude conhecer superficialmente os lugares por onde passei. Numa próxima vez, selecionarei menos destinos e, de preferência, mais dias.

Sobre a empresa aérea (Alitalia), fiquei muito decepcionada com o desconforto das poltronas da classe econômica. Elas tinham um encosto fixo para cabeça que não era, na minha opinião, nem um pouco anatômico. Quanto ao serviço de bordo, até que achei razoável (menos a parte que serviram berinjela crua como salada – horrível!).

DICAS

Dica 1: adquira um chip (SymCard) já no aeroporto, e fique conectado à internet 24 horas por dia. Se sua viagem for apenas à Itália, indico o chip da Tim (esta operadora é italiana e optei por ela após receber dica de que era a melhor de lá; coincidência ou não, funcionou muito bem durante toda minha viagem). Meu erro: deixei para comprar o chip fora do aeroporto, porque disseram-me que seria mais barato, mas o preço era o mesmo (26 euros) e ainda perdi tempo procurando uma loja que o vendesse (além de ficar “desconectada” e sem GPS por um tempo).

Dica 2: confira as moedas que receber de troco. Numa distração, e por pensar que por lá não havia bandidagem, acabei recebendo, sem saber de quem, pesos argentinos em vez de euro, e só soube disso quando fui pagar um estabelecimento com referidas moedas e o caixa do local começou a esbravejar comigo e, apontando as moedas, gritou: “no euro”.

Dica 3: por onde passar, aproveite para saborear um gelato (mas previna-se: o copo/casquinha com 1 bola custa 5 euros e, com 2 bolas, 10 euros). De todas as gelaterie pelas quais passei, em duas delas tomei os melhores sorvetes da minha vida e dos quais não esquecerei jamais: a Gelateria Wonderful, na Via del Corso, 74, em Roma, e a Homemade Gelato Italiano, em Amalfi (o sabor málaga é simplesmente divino: mistura de laranja, tangerina e limão siciliano com pedacinhos cristalizados das frutas). Desta última não encontrei o website, mas é bem próxima à Porta della Marina (portal que dá acesso à cidade a partir da praia).

Meu tio Osvaldo e eu saboreando o gelato italiano por cada cidade ou gelateria pelas quais passamos. Acima, minhas preferidas: Wonderful e Homemade.

Veja mais fotos e vídeos sobre esta viagem no meu instagram e na página do facebook (em breve no youtube também).

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por Nelly

Leia e assista também: Conhecendo a Itália com Domenico Spano

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2 Resultados

  1. Nilton disse:

    Olá!

    Nelly,

    Gostei muito das suas dicas!

    Tu conseguiste ser objetiva e bastante didática.

    Será de muita valia para mim, suas informações!

    Valeu!!! Muito obrigado!!!

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