Viajando com Alexandre e Anazar – parte 1/3 – Europa

O relato de hoje conta a experiência vivida por Alexandre e Anazar, que fizeram uma viagem incrível, com duração de 6 meses, à Europa.

Para facilitar, o Alexandre, com ajuda do Anazar, nos contará essa história em 3 partes. Esta é a primeira. Vamos embarcar nessa aventura? Acompanhe:

“Iniciamos nossa jornada em 20 de agosto de 2019 (data que saímos do Brasil) com destino à Europa. Passamos por  22 países e 3 continentes. Nesta primeira parte vamos contar um pouco sobre os seguintes países que visitamos: Portugal, Espanha, França, Alemanha, República Tcheca, Hungria, Grécia, Eslováquia e Polônia, os quais pertencem ao espaço Schengen, onde permanecemos por 90 dias (que é o período máximo que turistas brasileiros podem permanecer na Europa sem a necessidade de visto).

Palácio Real de Madrid.

Começamos a planejar essa viagem com cerca de 6 meses de antecedência, traçando os destinos e atrações que gostaríamos de ir, e comprando todas as passagens, acomodações e tickets de forma online, o que nos ajudou muito a nos mantermos dentro do nosso orçamento e minimizar os imprevistos, calculando também uma média de custos que teríamos com alimentação e transporte público, de acordo com o número de dias que iríamos viajar.

Basílica de Sacré Cœur, Paris.

TRABALHO VOLUNTÁRIO

Além do turismo, realizamos voluntariado através da plataforma Workway, que consumiu cerca de metade da viagem: na França, nos hospedamos e trabalhamos em uma pousada nas proximidades de Toulouse, onde ajudávamos com a jardinagem, pintura e alguns reparos nos chalés; na Alemanha, ficamos em uma fazenda, cuidando de animais como cavalos, cabras e galinhas, o que nos deu a oportunidade de experenciar a vida no campo, que nós, garotos da cidade, nunca tínhamos tido contato; e, na Polônia, também nos hospedamos em uma pousada, e ajudávamos cozinhando e desempenhando atividades com as crianças para os incentivarem a aprender inglês. Essas experiências foram muito valiosas e de uma riqueza cultural que guardaremos eternamente com bastante carinho pois, em todas as atividades que desempenhamos, não tínhamos experiência anterior e aprendemos lá. Ainda participamos, juntos, de todas as refeições e momentos de confraternização das famílias que nos receberam, as quais nos fizeram nos sentirmos parte delas. Apesar disso, se tivéssemos que escolher um lugar para ficar por um período maior, com certeza seria Budapeste, na Hungria.

Confraternização no último dia do voluntariado em Toulouse.

Além dessas famílias que nos acolheram, no decorrer de toda a viagem fizemos várias amizades com viajantes de outros lugares, que também nos proporcionaram momentos incríveis.

Sobre a parte turística, fizemos a maior parte da viagem de maneira independente, traçando os destinos e pontos turísticos que queríamos visitar, pesquisando e comprando a maioria dos tickets com antecedência pela internet.

Fazenda em Erfurt, Alemanha.

CLIMA

Quanto ao clima, acredito que viajamos numa época do ano muito boa, pois chegamos no fim do verão, no qual as temperaturas são mais elevadas e os dias duram mais (como, por exemplo, quando estávamos em Madrid: ficamos impressionados ao ver que o por do sol só acontecia após às 21h30).

Pela duração da viagem (6 meses!), também pudemos visualizar a passagem de uma estação do ano para outra, como foi o caso do verão para o outono e, depois, para o inverno, cada uma delas com sua beleza (o que é encantador para nos brasileiros ver a mudança tão nítida, tanto pelo clima como especialmente pela mudança na coloração da folhagem das árvores, que variam em tons de amarelo, vermelho e laranja, formando depois tapetes nas ruas e parques). Tivemos o privilégio de visitar, no auge do outono, o Castelo de Bjonice, na Eslováquia, que possui um jardim cercado por essa vegetação.

Jardim do Castelo de Bjonice, Eslováquia.

IDIOMA

Além do “portunhol” e inglês falado por ambos, o Anazar domina francês de maneira intermediária, então pudemos nos virar bem nessa questão do idioma, já que a maioria das pessoas desses países (até por serem bastante turísticos), tem uma boa fluência no inglês. Porém, para quem pretende visitar a França, recomendamos ter um dicionário ou aplicativo de tradução para o francês, pois mesmo em lugares com bastante fluxo de turistas, como estações de trem e metrô, muitos funcionários não falam (ou não querem falar rs) inglês, passando-nos, em certos momentos, um ar de arrogância quando os abordávamos em inglês.

Fisherman’s Bastion, Budapeste.

SURPRESAS E DECEPÇÕES

Acredito que uma das coisas que mais nos surpreendeu na maior parte dos lugares foi a segurança pública. Poder andar na rua às 3h da manhã mexendo ao celular, sem medo de que alguma coisa possa acontecer, não tem preço!

Eu, sendo estudante de arquitetura, fiquei maravilhado com as construções e espaços públicos. As ruas da maioria das capitais europeias são verdadeiros museus a céu aberto, em que se tem um contraste muito bonito entre o moderno e o antigo, com destaque a Paris, Berlim e Colônia (Köhl).

Acredito que umas maiores decepções na viagem foi Atenas, na Grécia. A Acrópole e o sítios arqueológicos são simplesmente espetaculares e merecem ser visitados, porém a cidade, como um todo, se mostrou um lugar bastante pobre e até perigoso em certos momentos. Ficamos chocados ao presenciar pessoas usando entorpecentes no meio da rua, na região central, além da sujeira e transito caótico, em que os motoristas não tem nenhum respeito pelos pedestres.

Areópago de Atenas, Grécia.

PREÇOS E DICAS

Sem dúvidas, depois da passagem aérea, as coisas que mais pesaram no custo da viagem foram transporte, alimentação e hospedagem. Então uma dica que deixo aqui é sempre optar por ficar bem localizado, podendo fazer os percursos a pé e, assim, economizando tempo e dinheiro.

Com respeito à alimentação, muitos mercados oferecem boas refeições por um preço bem mais baixo, espécies de pratos que podem ser aquecidos, gratuitamente, no microondas do próprio mercado (muito populares em Paris).

Na hospedagem, além dos hostels, recomendamos o AIRBNB, que, na maioria dos casos, compensa muito, especialmente em viagens a partir de 2 pessoas.

Com relação ao transporte, nós saímos do Brasil com a compania aérea LATAM e, entre os países, viajamos de ônibus pela empresa FlixBus, uma opção bem mais em conta e bem confortável, com poltronas reclináveis, internet, sanitário e opções de snacks inclusas.

Para os amantes de cinema, recomendamos fortemente visitar o café da Amelie Poulain, e também provar o macaron na loja da Ladurée, na Champs Elysees, ambos em Paris: uma experiência gastronômica única.

Para quem planeja visitar a Polônia, não deixe de experimentar o Borsch e o Pierogi, especialmente se for no inverno. Para Grécia recomendamos a tradicional Moussaka e na Alemanha para os que gostam, cervejas tanto artesanais como industrializadas.

Acho que uma das coisas mais interessantes da viagem foi descobrir como funciona o transporte público na Alemanha, em que não existem catracas nas estações, sendo você o único responsável por comprar e validar o seu ticket, o que nos mostra um grande exemplo de honestidade e civilidade da população.

Em Berlim, uma dica imperdível é a visita à cúpula do Parlamento Alemão (Deutscher Bundestag). Apesar de ser um passeio gratuito, é necessário fazer um agendamento prévio, pela internet, de forma que não haverá nenhuma fila no momento de entrar. É um lugar que vale bastante a pena conhecer, tanto pela arquitetura e importância do edifício, como pela vista panorâmica da cidade obtida ao percorrer as passarelas da cúpula, sendo apresentada através de um audioguia (que possui inclusive o português como opção) muito informativo e interessante!

PERRENGUES

Mesmo com todo o planejamento do mundo, perrengues sempre podem acontecer, seja se perder pelas estações de metrô da cidade, ou pagar alguns micos com o idioma local, mas a dica que dou sobre isso é não ter medo e “se jogar”, levando essas coisas na esportiva e pensando que se transformarão em boas histórias para se contar no futuro.

Lacko, Polônia.

EXPECTATIVAS 

Com certeza, a Europa realmente é tudo isso que falam e vale muito a pena visitar (óbvio que, como em todos os lugares do mundo, tem seus pontos positivos e negativos). Nossa experiência lá foi muito boa, e Berlim, Budapeste e Cracóvia sem dúvidas estão nos nossos planos para futuras viagens.

Em razão dessa viagem, criamos até um canal no YouTube chamado AA AWAY, aonde registramos, em vídeo, toda essa incrível experiência. Passe lá para conhecer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mundo está aí, e os empecilhos também, mas acreditamos que somos maiores que eles! Espero que este relato sirva de inspiração/motivação para aqueles que, assim como nós, têm essa tremenda vontade de se aventurar, mas precisavam apenas de um empurrãozinho para vencer o medo, sair da zona de conforto e se jogar!”  (Alexandre e Anazar).

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