Uma viagem e três países – parte 2: Suíça
Esta é a segunda parte do relato de uma viagem de 16 dias que meu marido e eu fizemos, em abril de 2019, para a Itália, Suíça e Holanda. Agora vou falar sobre a Suíça. Para quem não viu a primeira, referente à Itália, clique no link abaixo:
Uma viagem e três países – parte 1: Itália
Bem, a Suíça é um dos lugares mais lindos (e caros!) que já vi em toda minha vida. Ficamos lá por apenas 3 dias, mas foram suficientes para sabermos que o lugar merecia um tempo muito maior (e onde talvez eu adoraria morar para sempre). No entanto, em razão dos preços astronômicos de tudo por lá, este período também foi suficiente para abocanhar grande parte do nosso orçamento.
DIA 9 – MILÃO/LUCERNA – Nosso primeiro dia na Suíça, e o 9º da viagem, começou na Estação Central de trem de Milão (Milano Centrale), onde embarcamos num trem Eurocity 158 para uma viagem de 3,5 horas de duração com destino a Lucerna (Luzern), que foi nossa primeira parada no país. Compramos o bilhete com antecedência, pela internet, e pagamos 39 euros cada (2ª classe). Estrategicamente, optamos por fazer este percurso pela manhã, para podermos apreciar a paisagem do caminho (vide vídeo abaixo).
Estava um dia chuvoso e, como contei na parte 1, eu ainda estava bem chateada por ter perdido o meu celular na véspera, e tive que me contentar em registrar algumas coisas em outro celular cuja câmera não era tão boa e ainda tinha pouco espaço de memória. Realmente uma chateação (mas faço questão de falar sobre isso para que você tome as precauções que eu não tomei – expliquei tudo no post anterior).
Alerta: quando comprei, ainda na Itália, um chip de celular da Vodafone, o vendedor me garantiu que funcionaria normalmente na Suíça, mas isso não aconteceu: assim que atravessamos a fronteira, recebi uma mensagem de que, para continuar usando a internet, eu deveria ativar o roaming e, para isso, teria que pagar um valor extra por dia de uso. Isso acontece porque esse chip funciona apenas nos países pertencentes à União Europeia e, como eu já sabia, a Suíça não faz parte dela. Conclusão: fiquei sem acesso a internet. E aproveito para deixar uma dica que considero preciosa: por mais que estejamos na era digital, não deixe de levar tudo impresso em suas viagens, pois são os papéis que te salvarão, caso aconteça algo semelhante com você. E foi graças à minha pasta de roteiros, reservas e cópias reduzidas de mapas que consegui chegar a Lucerna.
Assim que desembarcamos na estação central de trem (Bahnhof Luzern), tratei de comprar um mapa mais completo da cidade, para facilitar nossos passeios durante os dias que teríamos que sair sem internet. E aí já levei o primeiro grande susto: um pequeno mapa de papel custou 7,50 francos suíços (converta em reais e tire suas conclusões). Depois, ao chegar no hotel, o recepcionista me forneceu, gratuitamente, um mapa melhor (pena que eu já tinha rabiscado aquele, senão provavelmente eu ficaria tentada a voltar na banca e devolvê-lo rs).
Quanto à acomodação, sempre procuro me hospedar em locais estratégicos, próximos a estações de trem/ônibus, supermercados, ou que permitam fazer grande parte dos passeios à pé. E em Lucerna não foi diferente: nos hospedamos no Aparthotel Adler Luzern, que era perto da estação e em poucos minutos de caminhada chegamos lá. Sua entrada é singela e quase imperceptível (uma única porta na rua) mas o flat era bem aconchegante: com elevador, quarto amplo com vista para uma linda rua, bem decorado, sistema de aquecimento até nas paredes, banheiro de tamanho razoável e uma mini cozinha bem equipada (o que facilitava a preparação de alimentos rápidos).
Neste primeiro dia passeamos no entorno do hotel, fomos ao supermercado (tem um da rede COOP bem próximo à estação central) e descansamos mais cedo, pois o dia seguinte seria longo e radical.
DIA 10 – LUCERNA/ENGELBERG – Logo cedo pegamos o trem para Engelberg, que é a cidade onde fica a base do monte TITLIS. A viagem durou cerca de 40 minutos. Chegando lá já havia um ônibus exclusivo (e grátis) para nos levar até a base (bilheteria) do Titlis. Este ônibus vai e volta o dia todo e não precisa agendar. Então não se preocupe: se perder um ônibus, logo haverá outro. O trajeto da estação de trem até a base do Titlis dura 5 minutos.
Tanto o bilhete do trem quanto o do teleférico deixamos para comprar de última hora, pois dependíamos das condições climáticas para decidirmos se íamos ou não fazer essa aventura (conforme a situação do tempo, o teleférico não funciona e a vista lá de cima fica prejudicada).
Pagamos 9,20 francos no bilhete do trem da SBB para ida e volta (Lucerna – Engelberg) e 120 francos cada bilhete do teleférico – neste preço estava incluso o passeio no teleférico giratório – 360º, que nos levou até à estação mais alta da montanha. Na bilheteria eles também dispõem de roupas e equipamentos de esqui para alugar.
Tivemos muita sorte pois o tempo colaborou. Foi um passeio maravilhoso e inesquecível, os quais registrei em 2 vídeos que publiquei no meu canal do Youtube. No primeiro deles eu explico, também, como comprar bilhete de trem nos totens da SBB espalhados pela estação de trem e como chegar até a base da montanha (que é onde compra o bilhete do teleférico. Clique abaixo para assisti-los.
Para o passeio ao Titlis, partindo de Lucerna, meio período é suficiente, se você não for esquiar ou fazer outras atividades. Dica: atente-se para os horários de trem para voltar para Lucerna porque costumam ser bem espaçados.
DIA 11 – LUCERNA – Este dia foi reservado para explorarmos um pouco mais da cidade, passearmos no entorno do lago Lucerna e conhecermos alguns pontos turísticos gratuitos, como:
Kapellbrücke (Pont Kappell ou ponte da capela) – é uma ponte (coberta) de madeira, com 205 metros de comprimento. Foi erigida em 1365 e reconstruída em 1994 após um incêndio tê-la destruído.
Musegg Wall (Muralha Medieval de Musegg) – muralha que divide a cidade. É possível andar sobre elas e entrar em algumas de suas torres. A subida é de escada e, apesar de super cansativo, a vista que se tem lá de cima recompensa todo o esforço.
DIA 12 – LUCERNA/ZURIQUE – Logo pela manhã pegamos o trem para Zurique, nossa última parada na Suíça. O bilhete custou 12,50 francos.
A hospedagem foi no Hotel Montana Zurich, o qual, além de bem localizado e com bom preço, também oferecia um excelente café da manhã incluso na diária.
Assim como fizemos em Lucerna, em nosso único dia pela cidade optamos por passear à pé e fazer umas comprinhas. Fomos de tram/bondinho até a rua mais famosa da cidade, a Bahnhofstrasse, e a exploramos do começo ao fim.
É uma rua comercial das grandes marcas e é nela que fica também a famosíssima Chocolateria Läderach (se for lá, não deixe de provar o chocolate com lâminas de amêndoas: simplesmente divino!!!), o centro financeiro e, ao final, a Bellevue Square, uma praça à beira do lago, com uma vista incrível dos Alpes. Ali tem uma bilheteria que vende ingresso para passeio de barco.
A ideia era encerrarmos nossa viagem à Suíça comendo um dos seus pratos típicos, a raclette, mas não tivemos coragem de pagar os quase 90 francos suíços “por pessoa” para provar esse prato e encerramos a noite gelada (estava perto de zero grau) tomando um caldo, comendo camarão e, de sobremesa, saboreando os famosos macarons. E então voltamos para o hotel para descansarmos e nos prepararmos para seguirmos para a terceira (e última) parte da viagem que se iniciaria no dia seguinte: Amsterdã, Holanda (mas este é um assunto para o próximo post). Enquanto isso, assista ao vídeo abaixo e veja uma amostra do que vem por aí.
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