Viajando para a Europa com Andréa Ferreira

Itália: acima, em Veneza e, abaixo, na Ilha de Capri.
Em novembro de 2016, após receber o que eu passei a chamar de “o melhor convite da minha vida”, uma amiga e eu adquirimos um pacote de viagens com a CVC e partimos de São Paulo para uma aventura de 14 dias pela Europa. O primeiro destino foi Londres, na Inglaterra, com conexão em Madrid, Espanha (cujo aeroporto é imenso! Para se ter uma ideia, havia uma espécie de metrô interno que levou cerca de 20 minutos para nos transportar de um terminal ao outro. Uma loucura!). Ao chegar em Londres, um guia nos esperava, e nos juntamos a um grupo formado, em sua maioria, por argentinos, mexicanos e peruanos. Entre eles, havia também um bebê (o Augustus), argentino, com cerca de 9 meses de vida, o qual não deu trabalho, não chorou, não fez birra, muito pelo contrário, foi a diversão da turma.
Resolvemos fazer a viagem com um guia por questão de comodidade; afinal, era minha primeira experiência no exterior e tinha receio de não conseguir me comunicar, já que eu não dominava nenhum daqueles idiomas, especialmente o inglês britânico, que é muito diferente do que estou acostumada. Também fiz uns cursos rápidos, on line, de espanhol e italiano, os quais me ajudaram bastante. Além disso, a maioria dos europeus fala inglês ou espanhol. Na Itália não tive dificuldades, pois era possível entender tudo perfeitamente. Em Paris e Zurich utilizei o inglês básico (o famoso “the book is on the table” rs). O pior lugar para me comunicar foi em Paris pois acho o francês um idioma muito difícil e os franceses não têm muita paciência com turista. Apesar disso, consegui “sobreviver” rs.

À esquerda, no museu do Louvre, em Paris, ante à obra “Monalisa” (ao fundo); à direita, na Suíça.
Bem, voltando ao itinerário, de Londres seguimos para a França (Paris), Suíça (Zurich) e Itália (Milão, Pádua, Veneza, Florença, Assis, Roma, Pompeia, Nápolis e Ilha de Capri). Conseguimos cumprir tudo o que foi programado para o período, mas a viagem foi tão maravilhosa (superando todas as minhas expectativas) que acredito que, se durasse 365 dias (e não apenas 14), ainda seria pouco. Para se ter uma ideia, sempre fui adepta do jargão “já conheço e não vou voltar porque quero conhecer outros lugares”, mas eu gostei tanto desta viagem que voltaria mil vezes se fosse possível. Tudo me surpreendeu: os lugares, as culturas, as pessoas (neste quesito eu achei a Itália mais acolhedora, pois lá as pessoas são mais amigáveis, como nós, brasileiros; minha decepção foi em Paris, onde, apesar de a cidade ser um sonho, ou seja, simplesmente inesquecível, as pessoas não são agradáveis e falta um pouco de educação, ou “tato”, melhor dizendo, para lidar com os turistas).
CLIMA – novembro é começo do inverno na Europa mas, além dos dias frios (nos quais era necessário usar casacos), e até com neve (como aconteceu na Suíça), experimentamos também, em alguns dias, temperaturas tão quentes quanto às do Brasil.
PREÇOS – no geral, achei o preço das coisas na Europa bem alto, se comparado ao Brasil, mas comer e beber não chegava a ser nada fora do comum. Para não se assustar, é só não converter os valores rs (na época da minha viagem o euro estava em torno de 4 reais, enquanto o franco suíço por volta de 6 reais).
COMIDA – Em Londres a comida é diferente e me virei com hamburgueres artesanais. Em Paris, apelei para os crepes (tanto os salgados quanto os doces). Na Suíça achei a alimentação normal, mas o melhor mesmo foi na Itália, onde tudo o que é de comer, é bom.

Em Londres, Inglaterra: à esquerda, Castelo de Windsor e, à direita, assistindo desfile da guarda real.
MICOS – Paguei vários! Por exemplo: quando fui na Galeria Lafayette, em Paris, o segurança que fazia revista passava o detector de metais próximo ao corpo das pessoas e nas bolsas das mulheres. Nesse dia eu não levei bolsa, estava tudo espalhado nos bolsos da calça e do casaco. Ele me perguntou (em inglês) se eu tinha bolsa e eu respondi que não. Então ele me olhou bem sério e perguntou onde estavam meus documentos. Sem pensar duas vezes virei a bunda pra ele, apontei o bolso da calça e respondi: here! Todos que estavam perto caíram na gargalhada, inclusive o segurança que aliás, ficou com o rosto vermelho. Depois, em Roma, resolvemos passear de ônibus e de metrô e nesse dia eu carregava uma mochila nas costas. Quando chegamos na estação o trem já estava quase partindo, então corremos e entramos, só que eu esqueci de calcular o espaço e fiquei presa na porta (a mochila ficou para fora quando a porta se fechou). Graças a Deus o sistema de segurança é muito eficiente e acabou tudo bem.
PASSEIOS – Gostei muito de conhecer o Castelo de Windsor, em Londres, e os palácios com seus jardins, em Paris. A Itália é um sonho, e Roma é obrigatório visitar (quando dizem que ela é o berço da humanidade, acredite!). Mas o que eu mais gostei foi da História. Visitar aqueles locais maravilhosos e conhecer a História de cada um deles foi fantástico!

Foto 1
DICAS – Acho que o começo de novembro é um bom período para viajar para a Europa (fez frio, mas também calor, então dá mais disposição para passear). Também acho que vale a pena comprar, como recordação, umas moedas que vendem por lá, que são um pouco maiores que a nossa moeda de 1 real e tem cravado o local que você está visitando (foto 1). Lamento não ter conseguido a do Papa… estou triste até hoje. Se alguém for, pode trazer uma pra mim, por favor? rs.
CONSIDERAÇÕES FINAIS – Não leve em consideração minhas impressões pessoais sobre Paris. É um lugar obrigatório para se conhecer. Também gostaria que soubesse que na Europa tem wi-fi em todos os lugares. Eu estava super preocupada em como iria me comunicar com o Brasil sem gastar muito e isso foi um alívio, pois nem chip europeu precisei comprar! Sobre o pacote de viagem, gostei de tê-lo feito pela comodidade, inclusive achei muito bons todos os hotéis que a CVC selecionou para nos hospedarmos (o da Suíça, por exemplo, servia até caviar no café da manhã), mas não me recordo o nome deles. Por fim, repito: gostei tanto desta viagem que, se pudesse, a faria por mil vezes.
por Andréa Ferreira
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