Viajando para França e Portugal com João Carlos Leal

Fiz minha primeira viagem à Europa sozinho, em agosto de 2018. Os destinos: França (Paris) e Portugal (Lisboa e arredores).

Era verão naqueles países. Peguei apenas dias ensolarados, com temperaturas que variavam entre 25 e 26ºC. Era também período de férias escolares e, por causa disso, todos os lugares estavam lotados. Havia filas enormes para entrar em museus e igrejas.

PARIS

Voei de São Paulo a Paris pela companhia Air France (muito boa) e hospedei-me no apart-hotel Citadines Les Halles, do qual também gostei muito (tem vários na cidade, espalhados por diferentes bairros).

Fiquei 8 dias na capital francesa, período que considerei suficiente para conhecer e visitar os principais museus, bairros e monumentos. Se eu tivesse ficado mais 3 dias, teria acrescentando alguns passeios que não fiz desta vez, como o Château de Versailles (Palácio de Versalhes), o Centre National d’Art et de Culture Georges-Pompidou (Centro Georges Pompidou), as Catacumbas, etc.

Paris. Acima, na Torre Eiffel. Abaixo, Place de La Concorde (à esquerda) e Sacre Couer (à direita).

O QUE FAZER E ONDE COMER

Dentre os lugares que visitei, estão: os museus d‘Orsay, Louvre e Rodin, a Torre Eiffel, Sainte-Chapelle, Grand Palais, o Petit Palais, Ópera Garnier, Catedral de Notre Dame, Igreja Saint-Étienne-du-Mont (que foi um dos cenários do filme “Meia Noite em Paris”), Igreja de la Madeleine, Basílica de Sacré Coeur, Panthéon, Le Jardin du Luxembourg (Jardim de Luxemburgo), Hôtel des Invalides (Palácio dos Inválidos), Arc de Triomphe (Arco do Triunfo).

Para conhecer os museus, eu adquiri o Paris Museun Pass, que é um bilhete válido por 4 dias e que dá acesso a todos eles (compre aqui pelo site oficial). Vale muito a pena para quem gosta desse tipo de atração.

Já para conhecer a Torre Eiffel tem que adquirir um ticket exclusivo pois esse passeio não está incluído em nenhum pacote (o meu eu comprei ainda no Brasil, pelo site oficial, e paguei 25 euros). O que me deixou muito fascinado foi a subida de elevador até o cume da Torre. É realmente surreal!

Dois passeios que achei incríveis foram as viagens de barco que fiz pelo rio Sena, passando sob lindas pontes, como Pont Neuf e a inigualável Pont Alexander III, e descendo nas 8 paradas (piers) para conhecer os bairros próximos. Foi formidável! Os vouchers também foram comprados ainda no Brasil pelo site Decolar.

Outros lugares por onde passei, também, em Paris, foram: as ruas Champs-Elysées, Royale e Montaigne, Galeries Lafayette, Hôtel de Ville (prédio onde ficam as instituições do governo municipal de Paris), Place de La Concorde e os bairros Saint Germain de Pres, Quartier Latin, Montparnasse, Trocadero e Marais, além dos vários restaurantes, cafés, bistrôs, brasserie e boulangeries.

Para comer indico o Le Deux Magots, o Café de La Rotonde, o La Dureé e o Café de La Paix, apesar dos preços serem um pouco elevados. Crepes, saladas, omeletes, creme de cebolas, quiche Lorraine, croque Madame e salmão são pedidas certas.

Paris. Acima: Arco do Triunfo (à esquerda) e Rio Sena (à direita). Abaixo: Museu do Louvre (à esquerda) e Pont Alexander III (à direita).

DIFICULDADES E DECEPÇÕES

Idioma: não falo nem o francês nem o inglês e isso me dificultou muito, muito mesmo, ainda mais sozinho.

Uber: não consegui utilizá-lo em Paris. Nunca tive problemas com o serviço no Brasil, então, antes da viagem, elaborei um roteiro contando com a utilização do aplicativo e fiquei frustrado porque, nas 3 vezes que solicitei o serviço, foi cobrado no meu cartão de crédito (lá não aceita pagamento em dinheiro) mas os motoristas não apareceram. Um até me ligou mas como falou em francês, não entendi nada, então de nada adiantou. Um horror! E táxis são absolutamente mais caros (média de 40 euros do aeroporto até meu hotel).

Museu do Louvre: arquitetura lindíssima, obras valiosas e únicas, tudo incontestável, mas mal sinalizado, calor infernal, absolutamente cheio de gente, e o mais próximo que cheguei da obra Monalisa foi a uma distância de uns 15 metros. Apesar disso é um lugar que tem que ser visitado.

Preços: com o euro a 4,80 reais, se for comparar com o Brasil tudo é caro. Para se ter uma ideia, paguei 3 euros por uma garrafinha de água, 15 euros por uma salada e 18 euros por um omelete.

LISBOA

De Paris a Lisboa voei pela Iberia (muito boa, e excelente atendimento dos comissários). Fiquei hospedado no Hotel Sana Lisboa: tudo perfeito (exceto pelo banheiro pequeno com a ducha dentro da banheira, o que é comum na Europa), e com localização privilegiada (numa zona hoteleira).

Fiquei 11 dias na capital portuguesa, mas queria ter ficado mais. Amei a cidade, o povo, a gastronomia, os passeios… Muita coisa para conhecer e muitos lugares para visitar.

Lisboa e Fátima. À esquerda: Torre de Belém (acima) e Santuário de Fátima (abaixo). À direita: Arco da Rua Augusta.

O QUE FAZER E ONDE COMER

O primeiro lugar que visitei foi a Praça do Comércio. Amei! À sua volta havia muitos restaurantes e, à sua frente, o maravilhoso rio Sena. Ao fundo, o Arco da Rua Augusta e a própria Rua Augusta, que é repleta de restaurantes, cafés e tascas (pequenos bares típicos de Portugal), com mesas espalhadas pelas calçadas e cardápios incríveis.

O Museu da Cerveja também é um passeio imperdível, apesar dos preços elevados pois, além do excelente chopp e grande variedade de cervejas, tem uma linda infraestrutura, dispõe de uma cozinha espetacular e localização “top”. Muito frequentado.

O bolinho de bacalhau (ou pastel de bacalhau) da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau é perfeito! Recomendo. Tem também o recheado de queijo da serra que é igualmente maravilhoso.

Ao fim dessa rua (5 quadras adiante) se chega no Bairro do Chiado, um lugar que vale muito a pena conhecer, por seus muitos restaurantes e cafés, além de igrejas e monumentos, como a estátua de Fernando Pessoa no Café a Brasileira e a Casa do Alentejo (restaurante magnífico com decoração marroquina).

O bairro de Alfama também é um passeio obrigatório. À noite, passear por esse bairro típico, que fica na parte baixa da cidade, com seus restaurantes, tabernas e tascas, é voltar no tempo, pois é repleto de História, por seus monumentos e igrejas seculares: Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos, Mosteiro dos Jerônimos, Castelo de São Jorge… De quebra, você também pode apreciar um show de fado.

Duas ótimas opções de passeio são: fazer um passeio de barco pelo rio Sena e, ao fim da tarde, ir até o miradouro de Nossa Senhora do Monte, de onde se tem uma vista maravilhosa de Lisboa.

Outros lugares que conheci e gostei foram: o belíssimo Parque Eduardo VII junto à Estufa Fria; a Estátua Marquês de Pombal, de onde se inicia a Avenida Liberdade, larga, arborizada e repleta de lojas das melhores grifes do mundo, além de restaurantes e quiosques; e o Mercado da Ribeira, no Cais do Sodré (um antigo mercado com mais de 20 restaurantes, além de bares e confeitarias, onde hoje funciona um conjunto de atrações gastronômicas em vários seguimentos), imperdível!

Apesar de ter tomado vinho em várias ocasiões, o que mais consumi foi o chopp Imperial. Incomparável!

Na culinária, aprovei os diversos tipos de bacalhau que provei, e paguei em torno de 15 euros cada um deles, em média. Também provei leitão, frango, camarão e peixes, mas em menor escala. O famoso leitão à Bairrada, em Mealhada, é uma experiência que vale a pena.

Fiz também pequenas viagens para cidades próximas de Lisboa. De todas elas, as que recomendo são: Estoril, Cascais, Sintra, Mafra, Ericeira e Alcochete (onde tem o Freeport Fashion Outlet, centro comercial com várias lojas de grifes e de perfumes, e com preços mais em conta que na capital).

A visita até ao Santuário de Fátima era primordial para mim e, como acabei chegando lá somente à noite, não pude contemplar direito. Numa próxima vez, espero poder ir durante o dia.

Lisboa. Acima: Praça Eduardo VII. Abaixo: vista do miradouro Nossa Senhora do Monte (à esquerda) e Estátua Marques de Pombal (à direita).

Lisboa é uma cidade linda e, como mencionei acima, rica em História e gastronomia, e seu povo é muito acolhedor. E foi fácil me locomover por lá, pois tanto o Uber quanto o metrô funcionaram muito bem.

Para Lisboa não fiz roteiro, apenas uma lista dos lugares que queria conhecer. Voltei de Lisboa à Campinas pela companhia aérea Azul (que recomendo em todos os sentidos: comissários atenciosos e educados, pontualidade e serviço de bordo perfeito).

DIFICULDADES E DECEPÇÕES

Não tive.

DICAS FINAIS

Antes de viajar pesquise a localização dos lugares que quer conhecer e faça um roteiro para ir de um a outro, na sequência, pela sua proximidade. Eu fiz isso e, mesmo não tendo sido possível segui-lo à risca em razão de alguns contratempos, quase consegui realizar meus planos por completo.

Especialmente em Paris, no primeiro dia, faça um city tour de ônibus pela cidade, para ter uma noção geral da localização dos pontos turísticos.

Concluindo, apesar de ser uma linda cidade, pelas dificuldades que tive por não conhecer o idioma e não conseguir usar o Uber como esperava, não sei voltaria à Paris sozinho. Acho que teria sido mais legal se estivesse com amigos.

Quanto à Lisboa, é um lugar que pretendo voltar em breve.

por João Carlos Leal.

Leia, também:

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1 Resultado

  1. Solange Doreto disse:

    Oieee, adorei seu passeio, conheço muito desses lugares que vc passou, tenho uma grande amiga em Mafra. Gostaria muito de conversar com vc.

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