Viajando para Israel com Camila Aguiar

Acima, museu do Louvre, em Paris. Abaixo: Yardenit Baptismal Site (local de batismo localizado ao longo do rio Jordão, na região da Galileia, no norte de Israel).

Em agosto de 2017, meu marido e eu participamos de uma excursão rumo a Israel, com escala de um dia em Paris, França.

No grupo havia aproximadamente 40 pessoas, em sua maioria adultos e membros da Primeira Igreja Batista da minha região (interior do Estado de São Paulo). Entre nós, uma criança de 8 anos e um adolescente de 14.

A caravana foi liderada por Pastores da igreja mas, tanto em Paris quanto em Israel, fomos acompanhados por guias (neste último, o guia era um brasileiro que mora há 10 anos em Jerusalém).

PARIS

Fiquei encantada com tanta beleza. Meu marido já a conhecia mas foi minha primeira naquela cidade. Preciso ir de novo! Apesar do pouco tempo que estivemos lá, conseguimos visitar rapidamente os seguintes pontos turísticos: a Torre Eiffel, a famosa avenida Champs Elysées e o Museu do Louvre. Estava muito calor (numa próxima vez com certeza escolheremos uma estação com temperaturas mais amenas). Ficamos hospedados no hotel Pullmam Montparnasse, o qual nos decepcionou um pouco: o chuveiro fica dentro da banheira (apesar de ser um sistema comum em vários países, acho isso muito ruim) e a limpeza deixou a desejar – o padrão do hotel é inferior ao do Pullmam de Guarulhos (reserve aqui), onde nos hospedamos à véspera da viagem. Duas deliciosas e inesquecíveis recordações de Paris foram os macarons e o filé ao molho Béarnaise que comemos.

TIBERÍADES

No dia seguinte decolamos rumo a Israel. Desembarcamos no aeroporto em Tel-Aviv e seguimos para Tiberíades, onde permanecemos por 2 dias. A hospedagem foi no Hotel Caesar Premier (reserve aqui), que fica em frente ao mar da Galileia (que de mar só tem o nome, já que não passa de um grande lago de água doce). O hotel é bom e a vista é fantástica.

JERUSALÉM

De Tiberíades seguimos para Jerusalém. Ficamos ali por 5 dias. Achei o período ideal, tendo em vista o roteiro* muito bem elaborado pelos líderes da caravana. A hospedagem foi no Grand Court Hotel (reserve aqui), com o mesmo padrão dos demais.

O clima em Israel é muito quente, com temperaturas em torno de 40º C, mas com sensação térmica bem acima (muito “tenso”: é quente na sombra, no sol e até no “pensamento”). A solução era tomar muita água e suco de romã (que é delicioso, refrescante, e em todo lugar você encontra uma barraquinha que vende).

Quanto ao idioma, para mim foi uma grande barreira mas, como meu marido fala espanhol e inglês, não tivemos grandes problemas porque em Israel até o vendedores ambulantes falam esses dois idiomas (isso facilitou na hora das “comprinhas” rs).

Expectativas: quando começamos a sonhar  com a viagem, o meu maior medo era de terrorismo, mas fiquei muito surpresa com a segurança, tanto em Paris quanto em Israel. Andamos pelas ruas de Jerusalém, Tiberíades, etc. e não tivemos nenhum tipo de transtorno. Outra coisa que me surpreendeu: por todos os lugares que andamos só havia deserto, areia e pedras, porém eles usam um sistema de irrigação fantástico e, por isso, é possível ver, nas estradas, o contraste das pedras e areia com os verdes das plantações. Já o Mar Morto era bem diferente do que parecia nas fotos. Não gostei muito (a água era oleosa e, a areia, escura e de aspecto sujo; além disso, estava muito lotado e reparei que as pessoas entravam na água de sapato). Eu também tinha muita vontade de comprar perfumes, mas estavam muito caros. Na verdade, nossa moeda é muito desvalorizada; então, quando eu fazia a conversão do euro ou dólar para o real, dava até um nó na garganta rs.

Alimentação: tivemos bastante dificuldade em nos adaptarmos, pois a comida de lá é muito condimentada, com muita pimenta e cominho em tudo, inclusive nos pães que serviam no café da manhã. Aliás, no café da manhã havia até peixe cru, macarrão, saladas de repolho, pepino… As frutas eram sempre as mesmas: maçã, pêssego, pera (as quais não são tão saborosas como as do Brasil). Já a banana (que gosto muito), não se encontrava com muita facilidade (em alguns mercados era vendida por 1 dólar cada). Quanto à carne, os israelenses consomem muito o cordeiro e, como eu não como esse tipo de carne, sempre procurava a bovina mas, quando achava, não era muito gostosa também.

À esquerda: Monte Carmelo (onde Elias lutou com os profetas de Baal, segundo a Bíblia Sagrada); À direita: acima, cúpula da Rocha (ou Domo da Rocha, que fica na antiga região conhecida como Monte Moriah – atual Esplanada das Mesquitas) e, abaixo, batismo de imersão no rio Jordão.

Curiosidades: chegamos em Jerusalém numa sexta-feira perto do pôr do sol, quando começa o Shabbat Shalom (Sábado de Paz), o qual se estende até o pôr do sol do sábado. Conforme o guia nos orientou, nesse período as famílias judaicas se reúnem e é comum eles se hospedarem em hotéis já que não cozinham nas suas casas. O hotel em que estávamos ficou lotado de judeus. Achei muito curioso ao ver que eles separam e identificam um elevador como “o elevador do Shabbat”, o qual é programado para parar de andar em andar porque eles não podem apertar os botões do elevador no dia do descanso. No café da manhã do sábado, não encontrei leite quente e, tentando me comunicar, com meu inglês básico, perguntei ao garçom: “Hot milk?” E ele respondeu: “Shabbat Shalom… No hot milk”. Eles não apertam nenhum tipo de botão mesmo!

Micos: foram vários rs. Viajamos de São Paulo a Paris pela companhia aérea AirFrance e, logo que nos acomodamos nas poltronas, uma comissária de bordo passou com uma cesta na qual continha alguns estojos (que, de início, não consegui identificar do que se tratava) e ela falou alguma coisa em francês pra mim. Como não entendi nada, apenas sorri e respondi: “No, thanks”. Ela continuou insistindo em francês e eu apenas balançava a cabeça dizendo “não”. Então ela sorriu (meio brava mas elegantérrima) e, sem perder a pose, por fim ela disse algo como “for you” e me entregou uma unidade do que trazia na cesta, e então vi q era uma necessaire cheia de produtos da Clarins (marca francesa de cosméticos) e, o melhor, era cortesia!

Outro mico que paguei foi num lugar chamado Genis Land, no qual teve passeio de camelo. Como eu não quis subir no animal porque tenho dó, tentei fazer amizade com ele fazendo-lhe um cafuné. Ele gostou. Então achei que já o tinha conquistado (pensei que já éramos “íntimos”) e me posicionei bem próxima a ele para bater uma foto (a famosa selfie) mas, quando fui fazer o click… nhac! A sorte foi meu reflexo ter sido rápido, porque a mordida ía ser feroz!

Fomos também a Jericó, que fica em um território de autoridade palestina, onde judeus não são bem-vindos. Como nosso guia era judeu, achou melhor não demorarmos lá. Então nos ativemos a pequenas compras. Quando paramos numa lojinha árabe, os vendedores ficaram animados ao verem tantas mulheres descendo do ônibus (o guia já tinha alertado aos maridos da nossa caravana de que eles “trocam” as mulheres por camelos). Eu desci primeiro e logo um “gentil” vendedor me ofereceu 3 produtos por 10 dólares; outro, ainda mais “gentil”, se aproximou e, em português, disse-me (com sotaque “arrastado”): “Para a linda é 4 por 10”. Então comprei os 4. Logo depois interessei-me por tâmaras, mas nesse ínterim meu marido se aproximou de mim. Quando perguntei o preço ao vendedor, indignado ele falou: “Você é casada? Então para você é mais caro”. Descobri que a partir desse momento deixei de ser “linda” rs.

À esquerda: acima, Cafarnaum; abaixo, Jericó. À direita: Catedral Notre-Dame, em Paris.

Dicas: acho que essa é uma viagem sensacional, principalmente para quem é cristão. É um lugar com uma história incrível. Foi “sobrenatural” o que vivemos naquele lugar! É indescritível passar pelos caminhos por onde que Jesus percorreu. Sinceramente voltamos muito modificados, com o “primeiro amor” restaurado e com muita sede de ter mais intimidade com Deus.

O roteiro foi pré-estabelecido pela operadora de turismo (Ahava Viagens, de Marília-SP). E fez toda diferença irmos acompanhados com o guia e com os pastores da igreja que conhecem muito a Palavra de Deus. Portanto: não vá sozinho!

Em resumo, achei que esta viagem valeu muito a pena. Eu adoraria voltar lá! Indico.

por Camila Aguiar

 

 

(*) ROTEIRO original (elaborado pela Ahava Viagens):

Paris –Torre Eiffel, Opera, Saint Germain de Prés, Inválidos, Museu do Louvre, Arco do Triunfo, Av. Champs Elysées, Ilha de l’Cité, Catedral Notre Dame, Universidade Sorbonne, Quartier Latin, St. Germain de Prés, Sacré Couer, Trocadero, Madeleine, Place de La Bastille, Place de Voges, Place de La Concorde, Montmartre.

Tiberiádes / Mar da Galileia / Cafarnaum / Monte das Bem Aventuranças / Cesareia de Felipe (Banias / Monte Hermon) / Tiberíades – passeio de barco pelo Mar da Galileia. Cafarnaum, para visita à casa de Pedro e à antiga Sinagoga. Em seguida, visita ao Monte das Bem Aventuranças. Logo após sairão em direção à Cesareia de Filipus, local onde se encontra a nascente do Rio Jordão, aos pés do Monte Hermon, fronteira com a Síria (onde existe outra vertente religiosa que diz que foi neste Monte que houve a Transfiguração) e, após a descida do monte, Colinas de Golan (onde tem um mirante que se pode ver Damasco) até Tiberíades.

Tiberíades / Yardenit / Megido / Monte Carmelo / Cesaréia Maritima / Jerusalém – Yardenit, no Vale do Jordão, local onde é feito o batismo no Rio Jordão. Prosseguindo irão a Megido, aonde acontecerá a batalha final do Apocalipse (Armagedom) visitando ás escavações da época do Rei Salomão, depois irão para o Monte Carmelo (Mujraka), lugar aonde se deu a luta entre o profeta Elias e os 450 profetas de Baal (subida no pátio); continuarão em direção a Cesareia Marítima, antiga capital romana construída, pelo Rei Herodes, para conhecer as ruínas do palácio de Pôncio Pilatos, o Teatro Romano e a Fortaleza dos Cruzados. Continuação até Jerusalém, cidade mensageira da paz. Logo na chegada irão ao Monte Scopus, de onde terão uma visão panorâmica da cidade.

Jerusalém / Jardim Getsemani / Tanque de Betesda / Caverna de Zedequias / Casa de Caifás / Cenáculo / Tumba do Rei Davi / Show de Luzes e som na Torre de David – Visita ao Monte das Oliveiras. Seguirão para visita ao Jardim do Getsemani, Continuação até o Vale de Josafá, entrando pela Porta dos Leões, onde visitaremos o Tanque de Betesda, e passaremos pela Via Dolorosa. Visita as Minas do Rei Salomão (também chamada de Caverna de Zedequias). Após, visita a Casa de Caifás, onde Jesus foi interrogado pelo Sumo Sacerdote e passou a noite preso depois de ter sido traído por Judas, visita ao Monte Sião, à Tumba do Rei Davi, e ao Cenáculo, onde aconteceu a última ceia de Jesus com seu discípulos e Torre de David, para assistirem ao show de luzes.

Jerusalém / Esplanada do Templo / Muro das Lamentações / Centro Davidson / Cidade de David / Yad Vashem – Muro das Lamentações, onde terão um tempo de oração, depois passarão pela Esplanada do Templo. Visita ao Centro Davidson que fica perto do Muro das Lamentações, e é como se você tivesse entrado em outro mundo no passado glorioso desta cidade, mostrado através de uma tecnologia de visualização avançada. O centro foi construído no porão de um prédio do século VIII, descendo a rampa sinuosa,verão achados arqueológicos e obras de arte. Um vídeo em alta definição de dez minutos de duração mostra a experiência dos peregrinos do Segundo Templo com as experiências dos visitantes de hoje. O destaque do Centro é uma reconstrução virtual tridimensional do Segundo Templo, baseada em escavações e documentos escritos antigos. As imagens geradas dão aos participantes a sensação de que eles estão realmente subindo as escadas ao Templo, e passando pelas suas colunas, até ficar de frente ao grandioso santuário. E continuando farão a Cidade de David, é um parque arqueológico que conta a história da fundação de Jerusalém, suas guerras e dificuldades, profetas e reis, além da história dos judeus durante os tempos bíblicos. Uma das partes mais fascinantes da Cidade de Davi é o túnel de Shiloé – um túnel com 533 metros de comprimento, cavado durante o período do Rei Ezequias. O túnel se estende da cidade ao poço de Shiloé. Os visitantes podem andar pelo túnel, parcialmente coberto de água, e sair nas piscinas de Shiloé. Após irão fazer visita ao Museu do Holocausto (Yad Vashen).

Jerusalém / Massada / Mar Morto / Qunran / Jericó – visita a Fortaleza de Massada. Esta fortaleza entrou na história posteriormente com a resistência judaica contra o Império Romano. Continuando irão ao Mar Morto, local considerado o mais baixo do mundo, 417m. Abaixo do nível do mar, aonde farão uma parada para banho. Prosseguiremos nosso roteiro de viagem até Qunram, também localizado na região do Mar Morto. Nesse local foram encontrados os mais antigos manuscritos do Antigo Testamento (Livro do Profeta Isaías). Continuarão em direção a Jericó, a cidade mais antiga do mundo, de onde avistarão o Monte da Tentação.

Jerusalém / Museu de Israel / Yad Hashmona / Belém / Tenda de Abrão (Genesis Land) / Jerusalém – visita ao Museu de Israel, onde encontram-se os manuscritos encontrados em uma das cavernas de Qunram no Mar morto e a maquete de Jerusalém que retrata o período do 2º Templo. Após irão a Yad Hashmona, também chamado Jardim Bíblico, Passarão por Belém, onde visitarão a Gruta da Natividade, o Campo dos Pastores e após irão, a Genesis Land.

Jardim da Tumba – onde está o “suposto” Monte Gólgota.

 

 

 

 

 

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1 Resultado

  1. Eliana disse:

    Muito LINDO seu testemunho é muito lindo, minha irma!!! A paz de Cristo.bjs.

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