Viajando para o Chile com Luana Vieira

Acima, Cerro de San Cristobal; abaixo, à esquerda, Embalse El Yeso e, à direita, Relógio de Flores.
DESTINO: Chile.
Viajei sozinha para o Chile em outubro de 2016. Minha viagem durou 9 dias, tempo suficiente para conhecer tudo o que eu tinha planejado mas, para mim, ainda foi pouco pois gostei demais daquele lugar.
Para aproveitar bem o tempo, segui este roteiro:
Cheguei à capital, Santiago, numa sexta-feira à noite (dia 7). No sábado (8), fui para o Valle Nevado. No domingo (9) aproveitei o sol para passear no centro e ir ao Cerro de Santa Lucia. Na segunda (10) foi feriado no Chile, e teve uma cerimônia bem legal de troca de armas na Plaza de Armas (pena que cheguei no final e perdi grande parte da apresentação). No dia seguinte (11) fui para Embalse El Yeso – Cájon del Maipo. No dia 12, para Valparaiso e Viña del Mar, onde visitamos a Vinícola Emiliana, e pudemos fazer degustação de vinho. No dia 13 saí para conhecer alguns dos muitos parques de Santiago, entre eles o Parque de Las Esculturas, que tem esculturas ao ar livre e que fica perto do maior prédio da América Latina, o Skey Costanera, onde tem um shopping. No dia 14 visitei o Cerro de San Cristobal, lugar lindo, com uma vista incrível da cidade (que é maravilhosa). Apesar de o tempo estar nublado naquele dia, ainda foi possível ter uma visão privilegiada. Reservei o último dia da viagem (15) para ir às compras e fazer mais um tour no centro da cidade.
Durante todo o período da viagem, eu costumava ir, à noite, em um barzinho chamado Pub Angelo (na Rua Bellavista) e também nos que haviam ao redor do Pátio Bellavista, onde tem também vários restaurantes (bem legal para conhecer um pouco da culinária chilena). Fui também num lugar chamado Campus Central, que fica próximo à entrada do Cerro San Cristobal, para conhecer como era a balada deles, e achei os chilenos muitos animados. Curiosidade: a cerveja de lá não é gelada como estamos acostumados aqui. Para quem gosta da bebida, indico provar a da marca Escudo, que é de fabricação chilena. O chop de lá também é uma boa pedida.
Apesar de ter viajado no início da primavera, peguei alguns dias de frio (cerca de 10ºC em Santiago e 5ºC no Valle Nevado).
Quanto ao idioma, não tive dificuldades pois, apesar de eu não falar nada de espanhol, os chilenos são bem prestativos e sempre dispostos a nos entender e ajudar.
Antes de embarcar nessa aventura (foi minha primeira viagem sozinha), eu estava ansiosa para saber como iria me virar para comer e para ir aos lugares e como as pessoas me tratariam (se seriam receptivas ou não) mas já no dia que cheguei fiz amizades com brasileiros e, saindo com eles, pude conhecer melhor o centro e eles também me deram dicas de onde comer bem. Conheci, também, um chileno (Felipe) e um venezuelano (Alejandro). Essa facilidade de se fazer amizade e o fato de eles serem tão receptivos foram uma ótima surpresa para mim. Minha decepção ficou por conta da culinária, pois lá não se come feijão e, quando pedi um frango à milanesa, veio praticamente cru.
Ainda sobre a culinária, antes de ir eu já havia pesquisado e descoberto que eles têm costume de colocar abacate em quase toda comida salgada, como hot dog, Mc Donald, salada, lanches. Não provei nenhum deles porque cheguei lá muito gripada e evitei comer coisas diferentes, mas deveria ter provado.

Ns duas fotos acima, Represa Embalse El Yeso – Cajón Del Maipo; abaixo, à esquerda, Cerro Santa Lucia; à direita, com a lhama, vinícola Emiliana e, abaixo, Valle Nevado.
Quanto aos preços, reparei que, no Chile, quando há promoção os preços realmente são muito baixos. Por exemplo: comprei uma jaqueta grossa masculina para meu pai, na qual paguei CLP 10.000 (dez mil pesos chilenos), que equivalem a cerca de R$ 50. Os perfumes também têm ótimos preços. No entanto, muitas roupas estavam com o mesmo valor encontrado no Brasil.
Um fato que achei interessante e curioso o fato de os casais chilenos não terem o costume de se beijarem na frente dos outros, mesmo nas baladas.
Da minha experiência, posso deixar as seguintes dicas: para quem for sozinho, não tenha medo pois nunca ficamos só; aproveite ao máximo cada dia e lugar; não tenha medo de falar o espanhol enrolado; experimente a culinária local; para não gastar muito com alimentação, indico os restaurantes próximos ao Cerro San Cristobal, que têm almoço na faixa de CLT 3.000 (cerca de R$15) e inclui arroz, batata frita, salada e frango (caso queira comer massa ou outra coisa, indico o Pátio Bellavista, com várias opções de restaurantes e cardápios – gostei especialmente do Restaurante Backstage); vá disposto a andar e conhecer tudo que puder (fazer todos os passeios possíveis, pois não tem como indicar um já que todos são lindos e têm uma história que vale muito a pena conhecer); sobre a moeda local, indico trocar só um pouco no Brasil porque aqui há cobrança de imposto (IOF) e, no Chile, é sempre bom pesquisar antes de trocar o dinheiro, pois achei uma cotação de 196 numa casa de câmbio e de 172 em outra; para os passeios, indico o guia Juanito (https://www.facebook.com/profile.php?id=100006939915491&fref=ts), pois os valores estavam bem mais baratos que os das agências; aconselho hospedar no bairro da Providencia ou no Bellavista (preferencialmente na Av. Vicuna Mackenna): tem ótima localização e, apesar de perto de metrô e de ponto de ônibus, permite-nos conhecer, à pé, muitos pontos turísticos da cidade que ficam no entorno. E foi pela localização que escolhi o Hostel Terra Extrema para me hospedar, mas confesso que ele deixou a desejar, pois o quarto era muito abafado e faltou limpeza no banheiro; por fim, quem tiver interesse em fazer um passeio para as cordilheiras, sugiro ir para Mendoza primeiro e depois para Santiago, de ônibus, e terá uma ótima vista. Não consegui seguir todo o roteiro que havia traçado e fiquei sem conhecer o zoológico que fica numa cidade próxima a Santiago mas, pelas minhas pesquisas, é um passeio bem interessante, que oferece, inclusive, um minissafari.
Eu adoraria voltar àquele país pois há muitos lugares que gostaria de explorar. No entanto, numa próxima oportunidade gostaria de ir no inverno para curtir as belezas e atividades específicas da estação.
por Luana Vieira
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